Conexão perdida – Quando um familiar nos da ghosting e vira Fantasma

 



O tempo é um rio caudaloso que carrega consigo as transformações da vida, inclusive nas relações familiares. Como toda boa angolana, sempre sonhei com uma família grande e unida. E, de fato, houve um tempo em que éramos mais do que apenas parentes. Éramos cúmplices, amigos e confidentes, compartilhávamos sonhos e planos para o futuro. O nosso vínculo era um tesouro precioso, algo que valorizávamos profundamente. No entanto, como muitas histórias da vida, a nossa também teve seus capítulos de separação e distanciamento.

Hoje, quero compartilhar uma experiência familiar que me ensinou algo importante: nem sempre seremos apreciados por todos, mesmo por aqueles que consideramos próximos, e isso está tudo bem!

Esta história mostra que, apesar do nosso desejo por paz e união, algumas rupturas podem ser tão dolorosas que a reconciliação se torna quase inviável. Às vezes, a melhor escolha é manter a cordialidade, aceitar a realidade e seguir em frente. Quando um familiar decide nos "dar um ghosting" (desaparecer sem explicação), a vida continua. E nós, como membros de uma família, devemos continuar a escrever a nossa própria história, mesmo que alguns capítulos permaneçam incompletos. Afinal, a vida é um mosaico de surpresas, tanto as boas quanto as desafiadoras.

Há alguns anos, meu sobrinho me visitou em casa com um sorriso no rosto, e me contou que havia conseguido uma bolsa de estudos para estudar no exterior! A alegria era evidente, mas também percebi um toque de apreensão em seus olhos. Para um angolano, conquistar uma oportunidade como aquela era um sonho realizado, e não percebia o porque da felicidade não ser completa.

Intrigada, questionei-o sobre as dúvidas que o afligiam. Ele era um jovem inteligente e dedicado, e eu acreditava que essa era a chance perfeita para ele alcançar os seus objetivos. Sem entrar em muitos detalhes, ele mencionou alguns "pendentes" e inseguranças que o incomodavam.

Naquele dia, tivemos uma longa conversa. Tentei convencê-lo a não desperdiçar aquela oportunidade única. Enfatizei que chances como aquela não surgiam com frequência na vida. Compreendia o receio dele em de deixar o lar familiar, era sim uma mudança desafiadora, especialmente para ir viver em outro país e sozinho. Mas também expliquei que o futuro não esperava e exige alguns sacrifícios. E estudar na Europa era uma porta de entrada para um mundo novo, repleto de experiências enriquecedoras. Ele teria a chance de conhecer novas culturas, pessoas e países, expandir os seus horizontes e sair da zona de conforto. Essa jornada o faria crescer como pessoa e iria fortalecer a sua maturidade emocional. E reforcei, que o tempo, o melhor conselheiro, logo revelaria os imensos benefícios dessa bolsa de estudos.

Ele me agradeceu, e prometeu refletir sobre tudo o que eu disse. E assim o fez. Semanas depois, me ligou para comunicar sua decisão: aceitaria a bolsa e já estava a tratar os documentos para o visto. Essa notícia foi motivo de grande alegria. Foi maravilhoso, saber que o meu sobrinho um jovem talentoso como ele, cheio de potencial, teria a chance de estudar em Portugal com bolsa integral. Era uma grande vitória para toda a família, pois teríamos mais um membro com formação superior.

Após nossa conversa, um silêncio se instalou. Compreendi perfeitamente, pois sei bem como é lidar com a burocracia em Angola e a correria que envolve a emissão de documentos. E tendo em conta isso, enviei algumas mensagens para saber o andamento do processo. E para minha alegria, ele respondia ocasionalmente, me atualizando sobre as etapas.

Naquela altura, as minhas responsabilidades profissionais me levavam frequentemente a Portugal, onde eu costumava ficar semanas. Tinha uma rotina muito intensa durante os dias de semana, por norma começava a trabalhar as 6:00 da manhã e só terminava meia noite. Mas aos fins de semana ficava sozinha e sem companhia, logo era do meu interesse tê-lo lá porque seria uma companhia, e também queria aproveitar para mostra-lhe a cidade, os caminhos, afinal conhecia Lisboa e seria um prazer ser a cicerone dele por terras lusas.

Certo dia, terminei meu trabalho mais cedo e, tomada por um sentimento de solidão, resolvi enviar uma mensagem ao meu sobrinho para saber como ele estava e quando chegaria a Lisboa. Naquela altura, já sabia que o visto dele havia sido aprovado e que os preparativos para a viagem estavam em andamento. No entanto, não obtive resposta. Confesso que fiquei um pouco triste, pois tinha quatro dias livres e desejava ansiosamente que ele estivesse em Portugal para aproveitarmos esse tempo juntos.

Uma semana após meu retorno a Luanda, me deparei com fotos da chegada do meu sobrinho em Lisboa em uma publicação no Facebook de um familiar. Imaginei que ele tivesse viajado naquela semana e, tomada pela alegria, enviei-lhe uma mensagem para parabenizá-lo. Durante a conversa, para minha surpresa e tristeza, fiquei a saber que ele já estava em Lisboa há quase um mês. A notícia foi como um banho de água fria, mas preferi manter a calma, mesmo magoada. Comentei que havia lhe enviado uma mensagem anterior sem obter resposta, e que na época da mensagem eu estava em Lisboa e que gostaria muito de tê-lo encontrado. Ele deu uma explicação qualquer que aceitei para evitar criar problemas, mas o mais surpreendente foi saber que ele vivia no mesmo bairro que eu me hospedei, a apenas 10 minutos de caminhada! Incrível como não nos cruzamos na rua ou em um supermercado.

Naquele momento, compreendi que ele tinha decido não divulgar a data da viagem a muitas pessoas, inclusive a mim. Apesar de me sentir um pouco excluída, respeitei a decisão e continuei a exercer meu papel de tia. Sugeri os melhores lugares para compras, indiquei amigos que viviam no mesmo bairro que poderiam oferecer apoio e companhia, pois frequentavam os mesmos locais que ele. Inclusive, entrei em contato com esses amigos, informando-os sobre a chegada do meu sobrinho e pedi que lhe dessem dicas e suporte.

Meses se passaram sem contato, até que uma viagem de trabalho me levou de volta a Lisboa. Pensei em procurá-lo, mas recuei. Não queria incomodar, já que ele parecia ter uma vida agitada e independente. E, sinceramente, não me sentia à vontade para me impor como uma tia intrometida.

No entanto, hospedada no mesmo local, sabia que o nosso encontro era inevitável. E assim aconteceu, um encontro caloroso e inesperado em terras portuguesas, que me surpreendeu positivamente. Conversamos um pouco, expliquei o motivo da minha estadia, trocamos números de telefone e prometi ligar para marcarmos um encontro.

Na época, eu trabalhava na área de publicidade e observava que as agências em Portugal enfrentavam grandes dificuldades em encontrar atores e modelos angolanos para as gravações de spots publicitários direcionados a Angola. Diante disso, tive a ideia de conversar com o responsável da produtora com quem colaborava para sugerir que dessem uma oportunidade ao meu sobrinho de trabalhar como modelo e ator para a empresa. Descrevi as suas características físicas, mostrei fotos que tinha dele e a equipe se interessou imediatamente. Pediram que eu o levasse para um teste e, se ele fosse aprovado, se responsabilizariam pela produção de seu book e até mesmo pelo agenciamento. Combinamos que, sempre que eu estivesse em Portugal a trabalho, ele teria um lugar garantido nos spots.

Informei que ele era estudante universitário e poderia não ter muita disponibilidade, mas a equipe da produtora não se preocupou com isso. Mencionaram que, devido às suas características físicas, ele era exatamente o tipo de modelo que buscavam.  Além disso, também o consideravam para gravações de áudio, já que ele havia chegado recentemente de Angola e ainda mantinha o sotaque português angolano, o que era um diferencial importante para a empresa.

Combinamos, então, que eu levaria meu sobrinho para o teste ainda naquela semana. A equipe da produtora disponibilizou um carro para buscá-lo onde estivesse e ofereceu os serviços de maquiadora, cabeleireira e figurinista para prepará-lo no dia da gravação do teste e da sessão de fotos para o book.

Minha alegria era imensa! Estava híper mega feliz. Sabia que o valor não seria alto, mas era uma renda extra que ele poderia obter nas horas livres. Fiquei tranquila por saber que a produtora era conceituada, trabalhava com algumas emissoras de televisão e oferecia diversas oportunidades. Os responsáveis eram pessoas sérias, acessíveis, e, considerando nossa relação profissional de anos, atenderam ao meu pedido. Vale mencionar que, antes de ir para Portugal, meu sobrinho tentou ser modelo aqui em Luanda, inclusive participou de alguns concursos, mas sem sucesso.

Combinei tudo isso sem conversar com ele antes, hahaha! Foi um risco, mas me senti confiante. Conhecia o potencial do meu sobrinho e sabia que ele tinha tudo para conseguir muitos trabalhos, mesmo que como figurante. Além disso, como ele era estudante, qualquer dinheiro extra seria bem-vindo.

Assim que tive oportunidade, liguei para ele. Minha intenção era conversarmos pessoalmente para compartilhar as novidades e assim agendar sua ida à produtora para o teste e a sessão de fotos. Aproveitei para me convidar para conhecer o local onde ele morava. Ele disse que não havia problema, estava em casa livre naquele dia e que eu poderia passar para uma visita. Como já sabia o endereço do prédio, combinamos que eu iria até o prédio dele e, quando chegasse, ligaria para que ele abrisse a porta. Vale ressaltar que não pedi o número do andar ou do apartamento, registem esse dado.

Como ainda eram 9 horas da manhã, aproveitei para fazer algumas compras para o nosso pequeno-almoço. Passei no supermercado, que ficava a cerca de 10 minutos a pé do prédio onde ele vivia. Comprei alguns itens básicos: pão, queijo, fiambre, leite, sumos, frutas, iogurtes, açúcar e chocolates. Já a pensar no almoço dele, acrescentei à lista azeite, peito de peru para uns bifes, tomate, cebola e esparguete. Seguindo a tradição angolana e o papel de boa tia, passei também no ATM para levantar alguns trocos para dar ao meu sobrinho.

Estava eufórica com a perspectiva de poder abrir novas portas para meu sobrinho emocionada com a possibilidade de ele ter uma carreira como modelo ou ator em Portugal, além da formação acadêmica.  Apesar do peso das compras, caminhei sorridente durante todo o trajeto. Era um caminho curto, mas bastante cansativo devido à subida íngreme e ao peso das compras. Confesso que me arrependi de não ter pego um táxi, mas a felicidade e a ansiedade que tinha para ver a reação dele à novidade que eu levava me deram forças.

Estava um dia quente e ensolarado, mas, meu coração transbordava de alegria. Afinal, estava prestes a apresentar ao meu sobrinho um universo novo e cheio de oportunidades. Confiava nas pessoas que o receberiam, sabia que cuidariam dele com respeito e consideração. Só de imaginar a felicidade que ele sentiria, o cansaço se tornava insignificante.

Ao chegar ao prédio onde ele vivia, conforme combinado, liguei para que ele abrisse a porta. No entanto, ele não atendeu, mesmo após várias tentativas. Pensei que talvez estivesse no banho, então me sentei à porta do prédio, cansada após carregar as sacolas. Liguei novamente, e ainda assim, sem resposta. "Ele deve ter voltado a dormir", pensei comigo mesma

Esperei cerca de 10 minutos e voltei a ligar e nada de resposta. Comecei a ficar confusa, e pensei que ele tivesse saído. Então envio mensagem de voz “sobrinho é a Tia, estou aqui em baixo do teu prédio, abre a porta” nada da porta se abrir, nem de resposta. Depois de um tempo percebi que um dos telefones dele foi desligado, ou o meu contacto havia sido bloqueado, hoje acredito que provavelmente tenha sido isso.

Então, liguei insistentemente para o outro telefone dele. Oh, como insisti! Liguei, enviei mensagens, fiquei preocupada, até enviei uma mensagem a perguntar se algo havia acontecido. Mas fui ignorada com sucesso. Foram mais de 20 chamadas perdidas, mais de 15 mensagens de texto e voz sem resposta. Uma sensação de impotência me dominou. Mil e um pensamentos me invadiram a mente, e vi minha alegria se esvair como areia escorrendo entre os dedos. Toda a felicidade que sentia foi arrancada do meu coração. Naqueles 30 ou 40 minutos que passei sentada em frente àquele prédio, me senti envergonhada, humilhada e desprezada.

Sem outra alternativa, restou-me apenas o caminho da vergonha. Voltei para casa cabisbaixa, com o coração apertado e um gosto amargo na boca. As lágrimas ameaçavam cair, mas naquele dia, não estava sozinha. Meu irmão e a família estavam de férias e estávamos hospedados juntos. Engoli as lágrimas e coloquei um sorriso nos lábios. A vergonha era tanta que não tive coragem de contar o que havia acontecido. Lembro que minha cunhada ficou radiante com as compras que fiz, mas fingi que que era uma surpresa para eles, hahahaha. E sei que eles adoraram, principalmente as crianças, que se deliciaram com as guloseimas.

Após o pequeno almoço, decidimos aproveitar o dia para um passeio. O destino escolhido foi o oceanário, e as crianças estavam animadíssimas. No entanto, ainda preocupada com meu sobrinho, resolvi ligar mais uma vez para seus dois números. E, para minha frustração, a confirmação veio: eu havia sido bloqueada em ambos. Bem, só me restava aceitar e entender que ele, meu sobrinho, não desejava contato comigo no momento, e que insistir seria inútil.

Sem dúvida, foi um dos piores dias da minha vida. Jamais me senti tão humilhada, triste e envergonhada. Passei grande parte do passeio com a mente perdida, a tristeza me consumia. O que salvou o dia foi a presença da filha mais nova do meu irmão, uma criança com uma alegria contagiante. Sua energia me ajudou a conter as lágrimas e até hoje guardo com carinho as memórias incríveis daquele passeio.

Mas para ter uma ideia da intensidade do meu sofrimento, confesso que naquela noite não consegui dormir. Virei a noite com os olhos abertos, o coração apertado e a cabeça as voltas como um Ferrari em alta velocidade numa pista de Fórmula 1.

No dia seguinte, quando fui trabalhar, perguntaram-me logo sobre o meu sobrinho, com o coração apertado menti que ele não estava interessado, porque tinha medo que aquilo atrapalhasse os estudos dele. Eles foram compreensivos e pediram que eu passasse os contactos deles e se ele mudasse de ideias podia ligar, nem que fosse apenas para trabalhos como figurantes. Nos dois anos seguintes eles continuaram a perguntar pelo meu sobrinho e se tinha mudado de ideias e eu respondia o mesmo, infelizmente não mudou!

Confesso, que talvez por ingenuidade da minha parte, alimentei a esperança de que ele me ligasse, sim, eu ansiava por uma explicação do que se passou naquele dia, e de uma oportunidade para chama-lo atenção pelo comportamento errado que tinha tido e, claro, aproveitar para falar sobre a proposta de trabalho…, hahahaha, ilusão minha, isso nunca aconteceu. Nunca recebi um único contato, seja uma ligação, mensagem ou até mesmo uma desculpa esfarrapada. Às vezes, movida por um misto de curiosidade e esperança, eu pegava no telefone e tentava ligar para ele, apenas para verificar se ainda estava bloqueada e sim, continuava bloqueada.

Assim como nos encontramos pela primeira vez em Lisboa, por acaso e sem qualquer planejamento, nosso reencontro aconteceu da mesma forma, no mesmo local, algo que ambos sabíamos ser inevitável, mais cedo ou mais tarde. Mas desta vez o tratamento que recebi foi bem diferente, foi frio e distante, como se existisse uma barreira invisível entre nós.

Um distanciamento intransponível nos separava. Ele sequer se aproximou para um cumprimento, apenas me observava de longe, como se eu fosse uma estranha. Eu estava sentada, ele em pé a cerca de cinco metros de distância. Nossos olhares se cruzaram, mas nenhum sinal de reconhecimento ou reação. Ao final da atividade, preferi me retirar em silêncio, e me recolher a minha insignificância. Fui embora sem falar com ele. Naquele momento, me pareceu o mais acertado, e até hoje, acredito que foi a melhor decisão.

Naquele momento, a minha ficha finalmente caiu. Compreendi meu lugar naquela relação. Toda a esperança que ainda me restava, de receber uma explicação, um pedido de desculpas, e até mesmo a chance de repreendê-lo como uma tia preocupada, se dissolveu por completo. Saí daquele lugar com o coração apertado, a cara no chão e a sensação de ser a pessoa mais insignificante do mundo.

 Embora não tivéssemos um relacionamento tão próximo naquela época, nós eramos uma família. Por isso, alimentei a esperança de que ele se aproximasse para conversarmos. Já fui uma tia querida para ele, e sei que ele gostava de passar tempo comigo. Acredito que sim, hahahahaha. E, em nome dos nossos bons momentos, optei por me afastar em silêncio.

O que fazer diante de uma situação como essa? Forçar uma conversa? Falar com a mãe dele? Será que isso resolveria? Apagaria a mágoa que estava a sentir? Ou apenas criaria outros problemas? Então resolvi não fazer nada. Afinal ele já não era uma criança e sabia bem o que estava a fazer. Recolhi-me a minha insignificância e vida que segue.

E assim foi o início do fim daquela relação, ou melhor, o início de um novo tipo de relacionamento entre nós. Os anos se passaram e nossa conexão jamais se refez. Nos tornamos como aqueles parentes distantes, que se tratam com cordialidade, mas sem a mesma proximidade. Ao nos encontrarmos em outros momentos, nos cumprimentamos com toda a polidez e cortesia, procurei ser menos efusiva possível, evitando perguntas sobre a intimidade da vida dele. Mantivemos e ainda mantemos, até hoje, conversas educadas e limitadas a questões superficiais sobre o bem-estar um do outro, aquelas conversas de banais que temos com conhecidos.

Hoje, reflito sobre essa experiência com uma mistura de tristeza e aceitação. A vida nos ensina que, às vezes, não podemos forçar o nosso caminho de volta para o coração de alguém, seja quem for. Por que apesar de sermos família, existem momentos em que os vínculos se desgastam a tal ponto que a reconciliação ou reaproximação parece um sonho distante.

Nessa jornada, aprendi que não podemos controlar as escolhas dos outros, apenas nossas reacções a elas. Às vezes, a melhor opção é aceitar que algumas relacções chegam ao fim, mesmo que isso doa profundamente. Guardo as lembranças felizes dos momentos que compartilhamos com carinho e sigo em frente, mantendo a cabeça erguida. Tenho a certeza de que, apesar de tudo, dei o meu melhor. Ele continua a ser um sobrinho querido. E está tudo bem se ele não deseja ter, comigo, a mesma intimidade de antes.

Para mim, essa história serve como um lembrete de que o amor é um sentimento puro e transparente, que pode ser demonstrado de diversas maneiras. Ninguém pode ser forçado a amar ou estar com ninguém, nem mesmo um familiar, e isso está tudo bem. Cada ser humano é único, com suas próprias características e singularidades. Isso não significa que exista alguém "certo" ou "errado", mas sim que somos todos diferentes, únicos e especiais. Essa diversidade, para mim, torna o mundo um lugar cada vez mais rico e interessante para se viver. Viva a diferença!

 A vida é um mosaico de momentos, alguns radiantes como o sol, outros sombreados como a lua. Cabe a cada um de nós encontrar a força para virar a página e continuar a escrever a sua própria história, tecendo-a com fios de amor, esperança e aceitação.

Parece história? Pois é, parece mesmo, mas essa é a minha história, ou melhor, um capítulo dela. Outro dia conto outra história, da minha história, que parece um conto, mas que tem muitos capítulos...

Por Ema Rodé Gapis

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